sábado, 12 de setembro de 2009

Psicopedagogia, por um jeito diferente de educar

Quero falar de uma coisa
adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
é o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudante
E há que se cuidar da vida
E há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, plantas e sentimentos
Folhas, coração, juventude e fé.

Quero falar de uma coisa, uma nova profissão (em vias de regulamentação) e tão necessária nos dias de hoje. Só quem já esteve em uma sala de aula, sabe de sua real importância.
O professor tem em suas mãos poucas ferramentas, maioria das vezes giz e lousa. Uma sala cheia, crianças anciosas, umas para aprender, outras preocupadas com o que deixaram em casa, se é que vieram de uma casa. Então, são histórias e histórias dentro de um único espaço, muitas vezes configurado para que ela não fale, não critique, não expanda os seus sentimentos, suas ações, suas emoções. Ser criança é tão difícil quanto ser um adulto. Cada fase é uma fase. E se uma depende da outra, como ser bom adulto se não se foi uma criança feliz?
E a psicopedagogia, caminha por onde? Deve estar ali do lado amparando a criança. Um socorro presente, em tempo real.
Como uma planta que brota, e que sabe quem vai colher os seus frutos, eis a Psicopedagogia, aguardando um terreno para se desenvolver.
Uma sala de aula deve ser um espaço renovado, onde a esperança se encontre no olhar de uma criança que dá um sorriso de satisfação quando entende e compreende que a tabuada não é uma mera repetição de números, e entenda a sua função na matemática, como sendo repetidas somas de uma quantidade, engajada em um número. Ou quando ela resolve assistir ao jornal telenoticiado, porquê faz parte do mundo e não quer ser um ser alienado.
Mas o que diferencia a Psicopedagogia, é o olhar. O que acrescenta a Psicopedagogia é a ação. O que transforma é a atitude do professor em sala de aula. Pensar nas diversas situações pelas quais um aluno não aprende e tentar encontrar um diagnóstico para a dificuldade de aprendizagem e a partir desse diagnóstico fazer os possíveis encaminhamentos, faz do Psicopedagogo um pai amoroso que cuida do bem-estar do seu filho.
E há que se cuidar do broto, pra que a vida nos dê flor e fruto.
E o coração de estudante? Qual professor ainda não o tem dentro do peito? O professor atual é um pesquisador, incansável que deve possuir ferramentas em tempo real e fazer-se acreditado pelo aluno. Nosso aluno precisa de informação em tempo real. Informação sadia para não ser lançado como flecha sem volta em um mundo onde a facilidade de obtenção de informações negativas para seu desenvolvimento são tantas ou mais que as positivas.
E há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo, para que os sonhos não se espalhem pelos caminhos.
Vejo a sala de aula como um grande espaço, onde os Psicopedagogos e são muitos no Brasil, encontram as portas fechadas, sem ter uma oportunidade de fazer algo concreto pela educação.
Quem sabe dia, um abra-te-Sésamo surgirá como uma luz nesta caverna tão escura chamada sala de aula. Que não seja tarde para os milhões de brasileirinhos tão necessitados de um Sol maior em suas vidas!

Rita de Cássia Minuncio, Professora do Ensino Fundamental, Ciclo I, Pedagoga especialista em Psicopedagogia Clinico Institucional.

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