Mimamos demais as nossas crianças

Amor não é mimo. É cuidado!
Confundimos demais amar com mimar e elas sabem disso. O verdadeiro amor, educa para a verdade com a verdade da vida, com transparências.

Hoje, ao iniciar minha aula, pensei que deveria começa-la diferente. Deveria começar esclarecendo com a verdade que se espera delas, digo, das nossas crianças. E disse-lhes que o Brasil espera delas, um índice melhor no ranking de educação. Delas depende,que o Brasil saia da lista que o classificou entre os últimos em educação mundial.

(...)"Da 23ª posição em 2007, o país deve cair para a 25ª em 2012, em um ranking de 30 países escolhidos a dedo pelas duas firmas com base em sua representatividade regional e disponibilidade de indicadores.

O chamado IGT (Índice Global de Talentos) mede a capacidade de um país de formar ou atrair jovens talentosos e criativos em relação a outros países, em um mundo onde a globalização tornou mais fácil a mobilidade dos profissionais qualificados."(...)

Acredito que a verdade é a única que liberta. O caminho pode parecer tortuoso, mas se as lamparinas estiverem acesas, conseguiremos encontrar a saída desse labirinto.

As nossas crianças entendem de tudo hoje. Não são medíocres. São em menor tamanho, mas são o nosso futuro. Delas depende um futuro melhor. E elas tem que saber disso.

É preciso que saibam como o mundo vê o Brasil em termos de educação e a importância que tem o conhecimento para um povo. Ou voltamos ao passado, quando os portugueses aqui chegaram e encontraram um povo de pouco conhecimento, ao menos , no que eles consideravam ser "conhecimento". Mas, nosso mundo não fazia parte de um mundo globalizado, então podia se entender conhecimento indígena e não falta de conhecimento. Ainda assim, eram ignorantes para os que os ignoravam.

Estamos prontos para sediar as Olímpiadas de 2016? Sabemos de toda a infraestrutura a qual o Rio de Janeiro irá necessitar; projetos a serem executados. Porém, e o projeto humano estará pronto para 2016?

Antes de mimar nossas crianças, deveríamos respeitá-las como seres humanos de pequeno tamanho, mas não de menos inteligência e capacidade de compreensão. Talvez seja essa a diferença entre os nossos brasileirinhos do século XXI e os que estão do outro lado do mundo, elevando os índices referentes a quantos indicadores de desenvolvimento existam no mundo.

Rita Minuncio